
Ana Clara, aos 12 anos.
Pitito é o nome que demos a este filhote de beijaflor que morou solto na nossa casa por 28 dias. Aprendeu a voar, estimulado pelo Davi que o balançava pro alto, o que fazia ele bater as asas assustado. Eu o levava para o quintal bem cedinho e ficava de longe espiando pra ver se a mãe dele apareceria. E apareceu! Foi lindo ver ela colocando comidinha no bico do Pitito. Ela voltou algumas vezes, mas ele ainda não estava pronto para voar.
Um dia, o colocamos na janela do quarto, onde há um pé de Romã. Ele se acostumou a ir pro galho da árvore e ficar quietinho. Até que chamou a atenção de outros beijaflores, causando verdadeiras batalhas por território entre eles.
E como brigam! Dá pra imaginar lindos beijaflores se bicando violentamente? Pois é. Fiquei surpresa. Não podíamos distraír com o Pitito no pé de Romã, estava provocando ciúmes também em outros passarinhos habituados a pousar no Romã.
Ficamos convivendo com aquela criaturinha pela casa. O Pitito tinha uma caixinha de sapato, onde havia água, mel(depois néctar), e um puleirinho. Na hora do almoço ficava perto de nós. Era um astral ótimo. No quintal, começou a voar de uma árvore para outra, até que um dia ele se foi. Mas não para sempre...
Por incrível que pareça, ele nos visitou por várias vezes. Numa delas ele adentrou a casa, ficou no alto da sanca por um tempo e foi embora. Depois, fez-nos uma visita num momento especial: estávamos com a amiga Lú sentados no quintal e contávamos a ela as aventuras do Pitito, quando ele chegou pertinho de nós e ficou alí batendo asas por alguns instantes, como se estivesse se apresentando!!! Foi muito especial.
.

Davi, aos oito anos,
o responsável pelo rápido aprendizado de voo.
Um comentário:
que lindo! adoro beija-flores!!!!
Postar um comentário